Uma vela,
a ultima fagulha.

que Apaga
nesse assopro descuidado.


Uma petala,
de rosa.

Que cai
E você pisa no passo apressado.


Um amor,
Subjetivado em tua veia.

Ditero, explicito... queze dito.

Não sentiu,
Não sonhou.
Não esqueceu
simplesmente não viu.

Ah... seres que leem, não sejam cegos de coração!

Pois até as mais belas flores
murcham, secam e apodrecem...

E Angustia...

que me Amola


desorganiza o reflexo
Afia a casmurrice
desilude o concreto

e esconde, Cega
o brilho das estrelinhas.

Um tal de Amor

Quanta endorfina faz um apaixonar?
Qual a milimetragem que se deposita na sinapse que desperta?
Quantas gotinhas terei que pingar em baixo da lingua, enfermeira?

Amar em erlenmeyer e contar milímetros estequiométricos.

E o que adiantaria saber a exatidão do quadrados das distancias se para resulta-las à precisão...
teria de desconsiderar a resistência do Ar?

E como? Como se desconsidera as variantes quando falamos de Amor?
Como poderia colocar num sistema fechado uma relação?

Quando tem um humano no meio, a reação se amplia, a periódissidade dos elementos não é suficiente e o exato vira desforme.

E juntando dois então?... Em fissão!

Somente se responde pelo Total. E que me desculpe, Estrelinha...
é incalculável.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Ja sentiu o quão maravilhoso é seu resultado,
e sabe quanto simples é sua origem,

Não há duvida,
No minimo é belo!

Estrelinhas muitas!
E destas, os brilhos refratam na pupila, invadem o cristalino, desfocam... invertem-se em dança, como bailarinos...

e projetam, no silêncio escuro, um tal de amor!

Sem moldes nem disfarces,
Até duvida já se convenceu do seu olhar.

Não há como dizer,
Só dissimular...

Notas (Gotan)

Africanos en las pampas argentinas
toques y llamadas de tambores
candombe, tango

Un gaucho y una guitarra
la payada milonguera y el fantasma de la indiada
china, cebame un mate
tango

Marineros, inmigrantes,
bandoneón, violín y flauta
habanera, canzonetas de los tanos
piano piano nació el tango

Nació el baile compadrito y orillero
guapo, futurista y nostalgioso
mestizaje de europeos, negros, indios
en el Río de la Plata
hace mucho, no se sabe justo cuándo
un buen día nació el Tango.