"Não basta ter belos sonhos para realizá-los. Para realizar grandes obras, é preciso, antes, ser capaz de sonhar grande. Podemos mudar o nosso destino, se nos dedicarmos à luta pela realização de nossos ideais. É preciso sonhar, porém com a condição de crer em nossos sonhos, de examinar com atenção a vida real,

de confrontar nossa observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossa fantasia."

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Carta Argumentativa 16/10/07

Foi previamente informado que no dia 17/09/07 haveria uma proposta de elaboração de uma carta argumentativa cujo tema não foi informado. Provavelmente porque a elaboração deve ser feita em sala de aula. Porem minha carta esta sendo redigida agora e com um tema que acredito ser muito pertinente ao momento. A carta apesar de não ser assinada por um aluno real é condizente com a realidade e traz um problema grave da educação no Brasil.

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Campinas, 18 de fevereiro de 2007.

Prezado Secretario de Educação Graciliano de Oliveira Neto.

O senhor e eu podemos afirmar com grande convicção que a educação não é um item prioritário no Brasil tanto no governo atual como nos governos anteriores. Já fui aluno de diversas escolas de Campinas, tanto publicas como particulares. E a partir disto creio que posso dar uma opinião interna sobre a organização das escolas de nosso município. Nesta carta mostrarei a situação da considerada melhor escola publica de campinas, o culto à Ciência, da qual sou aluno e curso o terceiro ano do ensino médio. E espero que esta situação seja modificada em sentido de garantir uma melhor educação aos alunos. Diversas reportagens de jornal ultimamente apontam problemas estruturais em relação ao Culto: Como acumulo de água parada, problemas com as arvores e o envelhecimento dos edifícios. Porem o que pretendo explorar nesta carta é o ensino.

Acredito que deva existir algum programa para incentivar a atualização dos conteúdos e dos métodos pedagógicos dos professores. No entanto não vejo resultados. Professores meus utilizam métodos de ensino antiquários e ineficientes. Levando o aluno ao mau aprendizado e ao desinteresse. Exemplos claros destes casos são os ditados e copias de conteúdos que são visadas como um dos critérios de avaliação (as famosas notas de caderno). Acredito que um colégio com o nome “Culto á Ciência” deva dar ênfase sim a o entendimento do aluno e não a atividade maquinisada da copia. Pode ser citada também a chamada oral que é um ótimo instrumento de memorização. Porem nossa sociedade, devido aos avanços tecnológicos e comunicativos, não necessita de memorização. Informação, hoje, é algo muito fácil de ser obtida. Muitas vezes as universidades nos dão as informações para a resolução de exercícios no vestibular. Cabe aos alunos interpretá-las, raciocinar sobre elas e chegar as suas conclusões. São estas as analises que as universidades e o mercado de trabalho esperam dos recém formados. E para estas analises que deveríamos estar sendo preparados. Alem de que melhor que uma perfeita memorização é o entendimento do conteúdo.

Com relação as demais formas de avaliação pode ser citada a “prova”. Esta avaliação é feita geralmente duas vezes por bimestre e tem o intuito de verificar se o aluno entendeu o que copiou. Porem, muitas vezes também é usada como forma de forçar uma memorização previa de formulas e definições. São compostas de quatro a oito questões, dependendo do professor. Dificilmente chagam a dez e nunca superam esse numero. O numero reduzido de questões leva o aluno a uma impressão de facilidade. No entanto as questões tornam-se muito densas ou não abrangem todo o conteúdo estudado. A FUVEST exige, em seu vestibular, noventa questões em um tempo de cinco horas. E somos treinados para resolver quatro questões em duas aulas (cerca de uma hora e meia). As datas de provas e trabalhos são estabelecidas por cada professor, causando uma grande variação nos dias. O que atrapalha muito a organização do aluno. A criação de períodos de avaliação entre todas as matérias poderia ajudar muito o aluno a não perder provas e trabalhos.

Existe uma grande freqüência de aulas vagas nas escolas do estado. Talvez pela falta de incentivo ao professor. Essas faltas são motivo de felicidade para os alunos que desinteressados pela aula preferem qualquer outro tipo de atividade. Para preencher as janelas causadas pelas faltas são colocados e ação os professores eventuais. Estes professores, geralmente jovens e recém formados, têm um ótimo método de ensino e grande conhecimento em sua área. Porem na maioria vezes são abrigados a substituir aulas de matérias totalmente diferentes da qual dominam e sem uma preparação anterior. Isso gera uma aula com baixo índice de aproveitamento e muitas confusões. O ideal seria um professor da mesma área para a substituição. Assim o aproveitamento poderia ser até maior que nas aulas normais. O desinteresse do aluno muitas vezes é resultado de uma má aprendizagem anterior ou reflexo de um método forçado e conseqüentemente ruim de ensino. Acredito que a partir do momento que um individuo escolhe ser professor esteja disposto a fazer o maximo para garantir a aprendizagem do aluno. Por esse motivo chego a conclusão que o erro esteja no método e não o professor em si. Caso o problema for do professor, como falta de capacitação ou falta de vontade tal profissão nunca teria sido escolhida por pessoas adultas e conscientes.

Por meio desta carta o senhor pode ter uma noção de como as escolas publicas de nossa cidade podem estar precárias com relação ao ensino. Lembrando que o Culto à Ciência é considerada a melhor escola publica de Campinas. Presume-se então, que as demais escolas estejam em situação ainda mais precária. Acredito que o senhor, como secretario de educação e reitor da Unicamp, entenda que métodos de educação como os utilizados não têm mais utilidade no grau de aprendizagem que estamos. E espero que uma mudança seja elaborada de modo a permitir uma educação baseada na compreensão e no entendimento. Tanto para os alunos de hoje quanto para as próximas gerações de alunos.

Atenciosamente,

Fernando Abreu de Souza

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Esta carta foi escrita com o maior intuito de mostrar a direção, professores e alunos que algumas coisas então bem erradas no culto. E essa situação é sustentada pela falta de interesse tanto dos alunos em aprender quando dos professores de ensinar. Percebemos que quando os alunos querem fazer algo eles fazem e fazem bem feito (vide campeonato). Assim se quiserem aprender, aprenderão! Mas o problema não se resume somente na parte dos alunos (mesmo o desinteresse sendo um pesado problema). Espero que tenha sido notório o fato da não narração nenhum momento onde o professor realmente explica a matéria. Isso foi feito por que, salvo alguns casos, o maximo que se chega de uma explicação são palavras repetidas dos livros e “receitas de bolo”(métodos mecânicos e resolução) Deixando de lado a verdadeira alma do assunto. O corpo docente tem que estar empenhado em ensinar de forma clara. Não simples e fácil, mas clara. Ter certeza do que se esta dizendo, atualizar-se, experimentar novos métodos, ter vontade em dar aula... Essas são as características de um bom professor. Rigidez e autoridade são bem menos efetivas que a compreensão e o dialogo. O professor não pode estar acima do aluno. Caso esteja, seu papel passa a ser de detentor da verdade. Outros detentores da verdade são os papas e os criadores de dogmas. Isso gera uma grande contradição já que o nome do colégio é Culto à Ciência. E a ciência é a contestadora dos detentores de verdades. Assim se realmente cultuamos a ciência, devemos ensinar nossos alunos a terem amor pelo saber e buscarem a verdadeira compreensão que vai colocá-los na faculdade que desejarem e na vida que escolherem.

3 comentários:

Isabela Kanupp disse...

sério que o culto é considerada a melhor escola publica de campinas?que absurdo! o_o
aonde eu comecei o ensino médio era uma escola muito boa mesmo, acho que lá sim os professores ensinavam com vontade, e claro tem de haver também um bom interesse do aluno se não não adianta muito.
Depois que eu sai de lá, que eu vi que deveria ter aproveitado mais do que eles me ofereciam...é, acho que muita gente que ainda esta la naquele colégio aproveita muito pouco do que eles tem 'em mãos'. digamos assim...!


enfim.


bjs

Anônimo disse...

gostei foi legal

Anônimo disse...

Eu acho que seua caaarta argumentativa esta muito cansativa para ler, e a augus erros ortograficos,mas fora isso sua carta ficou, boa.


Pro. Vaucir Dourado
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