"Não basta ter belos sonhos para realizá-los. Para realizar grandes obras, é preciso, antes, ser capaz de sonhar grande. Podemos mudar o nosso destino, se nos dedicarmos à luta pela realização de nossos ideais. É preciso sonhar, porém com a condição de crer em nossos sonhos, de examinar com atenção a vida real,

de confrontar nossa observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossa fantasia."

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Vamos parar um pouco de tentar descrever o amor, certo?
Proponho!
Uma pausa nos encaixotamentos didáticos dos termos doutoristas,
Na exatidão léxica do poeta lixador,
Nas palavras envoltas de correntes retóricas da justiça opressora.

Cristalinas e frias como são.
Dizem para poucos o pouco da exatidão.


Quem foi que separou, por exemplo, o sentido de amizade do amor?
Amado é aquele que o corpo responde com calores
Amigo, um ser unicamente feito de confiança
Maçã é uma fruta de cor vermelha
Céu... azul

Mas nunca sinta calores por teu amigo
jamais, confia no teu amado!


Se nem o banal vermelho da maçã é próprio de exatidão...
Como ousamos classificar, direcionar, quantificar e ordenar a trajetória de um sentimento?



“Amemos a todos! Mas cada um em um tom.”

Eu derrotado, somente derrotado, amarei meu Inimigo. Dar-lhe-ei a outra face enquanto encontro na cinta das costas o companheiro bigumado, o punhal.

Cão, por ritmo de servidão, fiel eterno. Amo tua falta de discernimento. (se alguém, lá no painel de controle do mundo, apertasse o botão “consciência dos cães” muita coisa mudaria)

Amado - hoje sim, é que faz tempo que não... – hormônio. Amor quente de falta. Machismo Femista egoísta em cada ação, água do antigo poço que se bebe litros e pouca sede mata. Secura explicita e direta de alma.

O Irmão sempre. Sangue, salve o gene, família, raça, nação. - Põe carvão nesse nosso trem, ai! - Expresso Progresso explode seus vapores queimando almas de sangue e carne desletradas do gene da erudição.

Mãe divina. E ponto!

O próximo, na muédinha estorvante de bolsos... bronzeada de óxidos marrons. Investimento seguro com alta lucratividade em auto-afirmação terrena, redenção espiritual e egoísmo-solidário.


Me desculpe,
Mas só vejo possibilidade em conjugar amor;
Soprando leve no ouvido o vento que arrepia a noite num zunido puro de emoção.

Martelando com a duvida da razão
Teu mundo uno, estático e escuro.
Estraçalhando-o em mil pedaços cadentes.
Formando uma cascata infinita de luz que cai tão rápido quanto se tenta alcançá-la.
E em cada trincar de vidro um novo caminho torto se abre.
Nem único nem certo.
Por que mesmo quando dizemos chuva
Nunca falamos uniforme.
Muito menos singular.

Como acrobatas...
Dançando em plena sintonia de tons.
Juntos em direção ao ínfimo minuto eterno.
Onde a visão se torna turva e fosforesce
Os corpos, como partes de uma locomotiva decadente explodem até a exaustão seus vapores no segundo prévio ao apito ensurdecedoramente absoluto.
Tremula, espasma e cessa!
As duas almas, serenas e calmas...
Levemente se tocam.

Com um olhar trocado por resvalo entre indos e vindos
nas metrópoles centrais
Que durante segundos revelam almas completas
Toda verdade de intenção.
Embrulhando com fita colorida uma confiança volátil e sincera, banhada em necessidades extra-mercadológicas
Mas que sempre se disfarça, pisca e engole.
Esquece...
Aqui morre mais uma semente.
Futura flor.

Ou com distância
Limpando por um divino acaso de um momento especifico
Tua dor de coração.

Com um assovio cuidadoso e comedido
De altruísta interrogação.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Eu preciso dizer que te amo!"